terça-feira, 11 de setembro de 2012

Caminho Francês | Etapa 5 | Hontanas a Mansilla de las Mulas

131,1 Km
25.07 | T. de deslocação 06:38:55 | Vel. Média 19,7 Km/h | Vel. Máxima 44,6 Km/h 



A etapa teve início em Hontanas.



Até Castrojeriz, o perfil ligeiramente descendente serviu como um bom incentivo para dar início à etapa.


Pouco depois, surgiam as Ruínas do Convento de San Antón, convento do Séc. XV.
 

A povoação de Castrojeriz deve o seu nome ao Castelo, agora em ruínas localizado no cimo do monte. A Igreja de Nuestra Senõra del Manzano com início de construção em 1214, apresenta características de transição entre o estilo Românico e o Gótico e está à direita na imagem.


À semelhança de outras povoações o caminho é uma referência importante no urbanismo local.

Depois de Castrojeriz o cenário muda de figura e uma subida de destaque aproximava-se. A “encosta famosa” como referia um peregrino à nossa passagem, com apenas 110m mas que vencia essa diferença segundo o perfil, em apenas dois ou três quilómetros, começava agora a destacar-se calmamente no horizonte.
 

Agora já mais próxima.
 

Como o piso não apresentava irregularidades a subida não apresentou grandes dificuldades.




Depois de vencida a subida, uma visão panorâmica até perder de vista em todos os quadrantes.


A descida também com visão ampla da planície.

Pouco depois, a Ponte Fitero em Itero de la Vega, sobre o Rio Pisuerga, construída no Séc. XI é a fronteira entre a província de Burgos e a província de Palencia.

Mais campos com girassóis próximo de Boadilla del Camino. Ainda muita meseta pela frente para percorrer.

Já a poucos quilómetros de Frómista surge o Canal de Castilla.
Este canal cujas obras tiveram início em 1753, pretendia criar uma rede de comunicações fluvial que serviria para distribuir os cereais.

A partir de 1959, foi encerrado à navegação e passou a funcionar ao nível da rega, abastecimento de água às populações e força motriz para as pequenas centrais hidro-elétricas.
 

Os quilómetros seguintes, até Carrión de los Condes foram realizados entre as marcações existentes.

O caminho cruza, durante os quilómetros seguintes vários campos de cultivo e os campos de girassóis marcam outra vez presença.
 

O arco de San Benito marca a entrada em Sahagún. Já nos encontrávamos agora na província de Leon. O arco foi construído em 1662 segundo o projeto do arq. Felipe Berrojo substituindo a portada Românica anterior, que se encontrava em ruínas.


A Estrada Nacional N-120 foi projetada de forma a passar por baixo do arco, numa clara alusão ao Arco do Triunfo.Existiu também um mosteiro construído em 1121 mas do qual restam apenas pequenas partes que sobreviveram às revoltas e aos incêndios que o destruíram.

Tempestade, vento forte e alguma chuva foi a nossa companhia durante alguns quilómetros algures depois de Calzadilla.



Durante algumas dezenas de quilómetros não encontrámos nada nem ninguém, só mesmo o caminho entre campos. A tempestade aproximou-se o vento aumentou e apareceu alguma chuva para acompanhar. O vento Sul estava tão forte que rolávamos encostados à esquerda com medo de sermos arrastados pelos campos. Sem qualquer tipo de abrigo e longe de tudo, mesmo da última povoação, tivemos mesmo que avançar. Felizmente mais tarde, a tempestade cruzou o caminho e deslocou-se para Norte.
No dia seguinte, surgiram notícias de prejuízos na zona, causados por esta tempestade.
 

A etapa acabou em Mansilla de las Mulas.



 

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