terça-feira, 11 de setembro de 2012

Caminho Francês | Etapa 2 | Zubiri a Estella

67.17 km
22.07 | T. de deslocação 05:12:45 | Vel. Média 12,9 Km/h |Vel. Máxima 54,8 Km/h
 



Saímos de Zubiri por volta das 8h da manhã e foi quase sempre por volta desta hora, ou ainda um pouco mais cedo, que dávamos sempre início à viagem.
 






A nossa própria preparação e a preparação das bicicletas envolveu sempre algum tempo, daí o despertar ter ocorrido invariavelmente por volta das 6h locais, ou seja 5h da manhã em Portugal!

Depois de alguns quilómetros a rolar por entre campos e sem encontrar qualquer tipo de estabelecimento próximo do caminho, decidimos tomar o pequeno-almoço em Larrasoana. Sá havia máquinas automáticas com bebidas e sandes mas teria sido bem pior prosseguir o caminho em jejum.






Nesta área de Larrasoana, existem alguns quilómetros de caminhos estreitos, single track´s muito técnicos mas bastante interessantes.

De seguida voltamos a subir mais alguns metros em Zabaldica e mais uma vez as paisagens fabulosas acompanhavam-nos.






Em Trinidad de Arre e logo depois da ponte que cruza o Rio Ultzama encontra-se o albergue, que já funcionou como Hospital de peregrinos. 






Prosseguimos até Pamplona.
Pamplona é a capital da comunidade autónoma de Navarra e uma das grandes cidades que fomos cruzando durante o caminho.




A zona histórica de Pamplona cerceada pela muralha medieval é composta por ruas estreitas mas possui edifícios com muitos pisos.



No Séc. XIX apesar do aumento da população, a expansão para fora da cidade esteva condicionada devido ao controlo militar e a impossibilidade de construir imediatamente fora, ou derrubando a muralha, originou o crescimento em altura e a construção em alguns espaços livres pertencentes aos conventos e Igrejas.
 








A parte moderna, fora de muralhas apresenta vários espaços verdes e grandes avenidas. A sua população em número anda atualmente muito próximo dos 200.000 habitantes.








Foto tirada na Plaza de Consistorial em frente ao ayuntamiento.






Aqui, como em muitas outras cidades a marcação do caminho existe também no próprio pavimento. --> Poucos quilómetros depois e já a periferia de Pamplona começava a ficar para trás.
 


Agora a caminho de outro ponto importante.
 

Na Serra del Perdón, o Alto del Perdón é um dos locais mais célebres do Caminho.
 



O conjunto escultórico de Vicente Galbete aí existente, constituído por silhuetas, representa uma comitiva de peregrinos de diferentes épocas a caminhar em direção a Santiago.  
Óbanos é uma pequena povoação com uma área central bem cuidada.


Pouco mais à frente, já nos encontrávamos sobre a ponte que cruza o Rio Arga. A ponte dá o nome à localidade, que se chama Puente de la Reina.
 
A ponte é referida usualmente, como um dos exemplos de destaque do românico de Navarra e foi mandada construir por uma Rainha do Séc. XI, segundo alguns historiadores, provavelmente Doña Mayor, esposa del Rey Sancho el Mayor.
 




Puente de la Reina tinha um papel importante porque funcionava como ponto de encontro entre os peregrinos que pretendiam prosseguir para Oeste, oriundos de várias direções.


Atualmente, ainda acontece isso, o tramo que provém de Leste, o Caminho Aragonês, interseta com o Caminho Francês, precisamente aqui, em Puente de la Reina.




Grandes montes com fardos de palha são imagens recorrentes por estas paragens.
 

Em Estella, destino final desse dia, decorria uma feira medieval.
 
Existia um ambiente festivo, muita gente por todo o lado e as tradicionais tendas marcavam forte presença em todas as ruas do centro histórico.

Esta etapa revelou-se surpreendentemente mais dura do que estávamos à espera e do que a própria altimetria sugeria, muito devido às constantes subidas e descidas que foi necessário vencer e bem maiores do que inicialmente supúnhamos. As características do terreno que se constatou ser muito duro e com muita pedra solta também não ajudaram e tornaram a viagem ainda mais penosa. 


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