85,05 Km
23.07 | T. de deslocação 05:54:06 | Vel. Média 14,3 Km/h | Vel. Máxima 52,1 Km/h
23.07 | T. de deslocação 05:54:06 | Vel. Média 14,3 Km/h | Vel. Máxima 52,1 Km/h
Saímos
de Estella e poucos km depois deparámo-nos com a fonte de vinho da adega de
Irache. "A beber sin abusar te invitamos con agrado.” mas “para poderlo
llevar el vino ha que ser comprado” dizia a inscrição.
Esta
etapa que atravessa o coração de Navarra, cruza vastos campos de cereais e
vinhas em colinas com algumas seções onde é possível rolar com alguma
facilidade, mas sempre em contínuos declives o que acaba sempre por implicar
desgaste muscular.
Até
Logrono esta etapa é realizada na direção de Sudoeste e o vento forte em
sentido oposto torna-se um obstáculo considerável.
Está localizada entre Azqueta e Villamayor de
Monjardín.
Chegámos
depois a Torres del Rio. Esta povoação, construída na sua quase totalidade em
granito, tem o seu insigne exemplar na Igreja del Santo Sepulcro localizada no
ponto mais elevado, mesmo na entrada da povoação.
É
uma Igreja rara no seu estilo, de planta octogonal e com uma abside
semicircular que apesar de Românica, conjuga segundo alguns historiadores,
conhecimentos da construção de mesquitas com técnicas construtivas tradicionais
e contrasta assim, com a tradicional linha horizontal e com o aspeto maciço de
paredes cegas, característicos do estilo.
Prosseguimos
até Viana. Decorriam as Fiestas Patronales de Santa María Magdalena y Santiago.
A agitação era tremenda e quando interpelámos um dos habitantes locais para
saber o que se estava a passar fomos quase intimados a participar na “fiesta”.
Perante tamanha insistência, guardámos as bicicletas no albergue local e fomos
ver o que se passava. O plano da “fiesta” além de outras atividades, nesse dia
incluía também uma largada de touros!
Viana,
à semelhança de outras cidades, tem esta tradição bem conhecida de largada de
touros. A “fiesta” mais conhecida, tornada célebre entre outros por Hemingway é
a de San Fermín em Pamplona. Infelizmente, essa já tinha tido lugar uns dias
antes da nossa passagem.
Existem
certamente várias festas parecidas, porque vimos em muitas localidades o mesmo
tipo de portões que permitem fechar as ruas e cercear a passagem dos touros. Na
imagem, são os próprios muros da Igreja de Santa Maria, monumento
nacional em estilo Gótico que servem de proteção à passagem dos touros.
As casas
e os estabelecimentos comerciais têm estruturas próprias para proteger as
portas e as janelas. Um dos aspetos curiosos desta festa é ver uma rua cheia de
gente nos restaurantes, bares e nas esplanadas e poucos minutos depois essa
mesma rua estar quase deserta e com tudo fechado e com proteções nos vãos!
Curioso é também ver quase toda a gente de uma cidade vestida de branco e com
um laço vermelho! Além disso, estar a participar numa festa, onde estão
paramédicos à espera que algo possa correr mal é também no mínimo, um pouco
estranho!
Ponte
de madeira próximo do adeus a Navarra. Esteve muito quente neste dia, com
temperaturas perto dos 40º.
Depois,
prosseguimos viagem até Logroño, capital da comunidade autónoma de La Rioja a
cidade tem cerca de 150.000 habitantes.
Parque
de San Miguel. Logroño é uma cidade muito limpa e com imensos espaços verdes
bem tratados.
Rio
Somero, alguns quilómetros depois de Logroño. A partir daqui o Caminho Francês
segue a direção Poente até Santiago de Compostela.
Prosseguindo
caminho até Navarrete.
Pedras amontoadas pelos Peregrinos próximo de uma povoação chamada Ventosa.
Decidimos dar a etapa por
encerrada em Azofra.
Azofra
é uma pequena povoação com uma economia baseada na agricultura à semelhança de
muitas outras povoações, que fomos cruzando por esta zona da província de La
Rioja.
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